sexta-feira, 22 de maio de 2009

Luz, Luz, Luz, mom amour...




A minha inspiração de hoje vem sobre O ano da França no Brasil, mas não por esse evento, e sim pelo que me remete. O que me vem a mente, a me quando se fala de França, quando falam sobre o ano da França no Brasil?
Ora, o que me vem seriam as memórias emotivas, aquilo que tenho guardado no subconsciente e no consciente do que me remete a esse país. Não estou falando de coisas que todos lembram como torre Eiffel etc, e sim o que eu particularmente me recordo, coisas impregnadas da infância, coisas subjetivas, cognitivas ao longo de minha vida. Não falo de marcos históricos, revoluções, perfumes, mas de coisas que acredito que todos tem e não comentam, somente sentem. Parecem coisas bobas algumas, por isso não comentadas rs, enfim, mas para mim são importantes como tudo que esta dentro de mim. Eis o que vem é : Toulouse Lautrec, Ratatoullie, Rimbaud, Monet, croissant, Du la Croix, Napoleão, um clipe da banda Six Pence None the Rich em que cantam a música Kiss Me ambientado na França, com roupas de época, ruelas e bosques, assim lúdica e com aquela melancolia feliz colocada pelos artistas sobre o país. Lembro de Le Fabouleux Destin D´Amlie Poulain´e a musiquinha francesa que toca neste filme, me lembro até de um desenho Pepe Le Pew da Warner, genialmente feito por Charles Jones é um dos que mais amo, ele com certeza me vem como lembrança infantil de uma França romântica do século XIX com paixão inflamada do gambá, de fundo as ruelas e o sotaque engraçadíssimo de Pepe caçando sua amada penélope...rs
Eu diria que de todos o que se torna mais forte seria o que me marcou mais na vida, que seria o grande pintor Toulouse Lautrec e a vida noturna e pregressa da boemia francesa e seus cabarés, o mais famoso claro Moulin Rouge. Sua biografia foi incrível de ler e estudar suas pinturas também. Incrível realidade representada de tudo que ele via, sentia, cheirava, observava. Os olhares perdidos de mulheres solitárias, as danças, a bebida...tudo como era literalmente, assim como Canaletto pintou Veneza de uma forma que nenhum outro havia pintado. Pintou a verdadeira Veneza com seus cortiços incluídos em obra, a beleza da realidade.
Arthur Rimbaud também, o poeta simbolista. Sua biografia também muito me marcou, para toda a vida. Incrível e emocionante, chocante, encantadoramente rebelde. Seus poemas, vida apaixonate. Sedutoramente calado gênio de todos os tempo. Ele fazia alquimia com as letras e apaixonava a todos por ter nascido tão genial. Sensibilidade profunda e incontável, dor de tocar o mundo com os dedos e cair nele. Rimbaud era pura alma transcendente entre os mundos intocáveis e o real, como se solitariamente ouvisse o que os pobres normais não podem jamaz. Mas ele foi muito mais do que isso, uma alma sofredora, enorme, tão grande que não coube em seu pequeno corpo. Suas poesias em sua lingua natal me trouxe todo brilho do simbolismo e grandeza artística francesa, todo o ar francês que somente tão intenso poeta poderia passar. A gente se imagina lá algumas horas, de tão forte e marcante vida.
Bennie e Binnie os coelhinhos apaixonados foram quadrinhos que eu tive na infância, nunca me saiu da cabeça aqueles cenários por detrás deles, o romantismo, cafés...
Falo do clipe Kiss Me por que vi uma vez na pré-adolescencia para nunca mais esquecer. A sensação é de ja ter vivido aquilo tudo, como saudosismo de um tempo que não vivi.
E por fim Èdith Piaf, claro, para fechar meu post, uma das maiores refêrencias parisienses da história. Incrível talento e arte, com musicas que deixaram gravada sua história trágica, melodiosa e também intensa de vida, quanta intensidade ... Vou deixar um video da maior intérprete na minha opnião de um dos grandes sucessos de Piaf, Composição: Jacques Brel. Maysa com essa música, em um dia quando eu tinha meus 09, 10 anos de idade assistindo imagens de um show onde ela cantava essa obra-prima, me mostrou pela primeira vez o que era sentir intensamente uma música e interpretá-la, tomada de sentimento profundamente igual, virando somente ele, como que se no momento que Maysa cantava Ne me quitte pas, ele se transformasse só em sentimento e nunca mais esqueci. O olhar de Maysa sempre que interpretava, me mostrou o que era sentir de verdade, o que era cantar de verdade.
Vou tentar deixar aqui algumas obras sobre os que citei postados e de mais que eu lembrar.
E, com francês perfeito, profundo sentir, de tudo que não se explica e de uma imensidão de palavras num olhar, impressionante interpretação e música, numa fusão Brasil-França, com vcs Maysa.

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