quinta-feira, 5 de julho de 2012

Entre os fios da teia...


Há uma brisa densa....de fantasias, de imagens, de sentimentos...
O meu coração não me obedece, nem muito menos me obedeceu um dia...

Queria as coisas de forma mais simples,
Mas querer simplicidade já se torna algo mais complexo, mais pesado,
mais difícil, mais complicado...

Meu coração, velho amigo,
desconheço seus caminhos, tão alegres, tão livres.

Meu coração tão silvestre, tão rebelde,
e tão submisso,
tão dócil.

Mergulho em um mundo
que não conheço os caminhos, mas como nos contos,
se fezem trilhas com migalhas,
essas feitas de sentimentos,
dos mais secretos sentimentos.

Que de tantos, se confundem, se entrelaçam, me envolvem,
me encantam, ou
simplesmente me libertam,
de minha teia, minha escolha.

Há perdão para o inseto?
Se ele se deixa envolver pelos fios tão brilhantes, iluminados pelo sol.

A noite, prateados, tem um fascínio meio torpe, escurecidos pela sombra da aranha,
que a cada ruptura, procura fabricar mais, e mais, e mais...

Há perdão para o inseto?
Pecado em querer, querer as coisas mais simples.

Que mal há se de tão translucidas as teias, ele vê a natureza,
o sol, as frutas, e a esperança.
Deve haver algum grande mal nisso tudo.

Porém o coração, ele não julga.
Por entre os fios, ele acredita,
na realidade e na ilusão,
na coragem e na perdição.

Secreta é a felicidade.

Quero poder acreditar, sentir, voar.