sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O universo semântico sobre vampiros

Com toda polêmica sobre a mudança da imagem do vampiro,
talvez não esteja claro sobre o que exatamente se fala, do que se lembram, do que reclamam.

Vampiros pelo que penso, lembro e sinto não se define em simples reclamação de algo. Vampiro para mim é todo o universo Dracul criado pelos tempos. Essa é minha rede semântica sobre o assunto.

Do que reclamam exatamente? Do que lembram exatamente?

Me lembro de tudo o que Drácula, vampiros, morcegos e que o clima Luís XIV envolve. Não são os caixões, os dentes caninos projetados e nem a sede de sangue exatamente que fica para mim. Tudo isso acaba sendo o estereótipo externo do vampiro, nada além disso.

Dentro do universo do Conde Drácula, ou melhor, Conde Dracul da Transilvania (Romenia), existe um mistério sedutor e perigoso, envolvente e misterioso. Essa foi a idéia passada por anos desde que sua lenda foi propagada.

O que me lembra o universo Dracul?
Me lembra a volta ao passado, a luz sinistra e romântica da lua, assim parecida com a cor da pele dos seguidores do Conde, como a personalidade arrogante e misteriosa de cada um.

Além disso, sempre criou-se um ambiente de atração e repulsa, do sensual e fatal,
das regras claras e da paixão sem limites.
A eles era atribuida a luxúria, o medo, a sofisticação, a malícia, a mentira e tudo o que é associado a figura metafórica de Lúcifer...

Mesmo com o perigo da mordida da morte, da sedução maldita e da ilusão, sempre havia aquela fantástica contextualidade entre os séculos. A mistura de épocas e a confusão que isso traz a quem assiste ou lê.

Mesmo com a imagem infantil que retrataram, de alguém que, como morcegos, se alimentam de sangue ou se transformam nesse mamífero,

Mesmo com vampiros modernizados e sem glamour, contrariando até mesmo a lenda de seu contato com o sol,
Ainda vou continuar com toda a minha semântica sobre esse incrível universo vampírico...